Jeff, refugiado congolês em São Paulo, conseguiu um emprego em sua área e agora quer trazer sua família para o Brasil


Jeff, refugiado congolês, se candidatando a um trabalho no Brasil. Video exibido na Máquina de CVs Estou Refugiado.

Jeff saiu do Congo há dois anos por causa de perseguição política. Sua irmã foi morta a tiros durante um protesto, então ele começou a trabalhar em uma ONG no Congo que documenta e informa sobre esses tipos de assassinatos e violações de direitos humanos. Preso e torturado por uma semana, ele foi resgatado por um soldado que sentiu pena dele e o ajudou a fugir do hospital, onde ele estava se recuperando de seus ferimentos. Depois de fugir do hospital, Jeff se escondeu nos subúrbios de Kinshasa, na casa de um amigo que o ajudou a deixar o Congo e a vir para o Brasil em 2015.


Jeff em seu trabalho na Gradual Investimentos em São Paulo/SP.

Jeff estudou contabilidade. No início de 2017, com a ajuda do projeto Estou Refugiado, foi contratado como assistente geral de uma pequena empresa do ramo de confecções. No entanto, o projeto continuou a ajudá-lo, ajudando-o a conseguir um emprego como contador na Gradual Investimentos.


Rachel, refugiada congolesa, em seu trabalho na Gradual Investimentos em São Paulo/SP.

Esta matéria no Jornal Nacional - Entra em vigor Lei de Migração que dá mais direitos a estrangeiros - mostrou Jeff em seu trabalho, ao lado de colegas, 2 deles também africanos. Fernanda de Lima, CEO da Gradual Investimentos, declarou: “Eu percebi que eles eram diamante bruto. São profissionais extremamente capacitados, têm uma experiência profissional maravilhosa e que podem também agregar à empresa com toda a diversidade e experiência que eles tiveram de vida”.


Fernanda, CEO da Gradual Investimentos em São Paulo/SP.

Jeff está planejando trazer sua família para o Brasil. Como detalha esta outra matéria na BBC Brasil - 'Não vejo meus filhos há 3 anos': a saga de refugiados para trazer a família ao Brasil - seus colegas de trabalho fizeram uma vaquinha e arrecadaram dinheiro para as passagens. Mas como diz a reportagem, o processo esbarrou na burocracia: solicitados há seis meses, os vistos solicitados por Jeff ainda não foram expedidos pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), revelando um problema que afeta outras pessoas que, como ele, tentam reunir suas famílias.

Desejamos sucesso ao Jeff, Rachel e aos refugiados no Brasil, que seus talentos e esforços sejam cada vez mais reconhecidos e dêem frutos em nosso país. Obrigado a Fernanda e a todos os empregadores e colegas de trabalho que acolhem, apoiam e ajudam em sua adaptação.

Gratidão sem fronteiras.

Equipe Estou Refugiado - http://www.estourefugiado.com.br
O preconceito acaba quando a compreensão começa.
Leonardo Cordova (@ruesierpes, jornalista venezuelano e refugiado no Brasil), Fernando Guimarães (@fernandoguimarae) e Wagner Tamanaha (@wagnertamanaha)

Brasil, 11 de abril de 2018

Créditos dos videos: Rafa Yamamoto/Equipe Estou Refugiado. Todas as recompensas em criptomoedas deste perfil serão doadas para o projeto Estou Refugiado.

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