Blockchain contribui para melhorar a qualidade de vida dos refugiados sírios na Jordânia

Os pioneiros do blockchain previram coisas assim quando a tecnologia foi projetada. Refugiados da Síria, país devastado pela guerra, agora tem a disposição um programa humanitário que usa blockchain para manter seus dados privados.

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Campo de refugiados Zaatari, na Jordania. Créditos da foto: Foreign and Commonwealth Office sob licença Creative Commons no Flickr.

O projeto é chamado de Building Blocks e foi desenvolvido pelo Programa Mundial Alimentar (PMA) da ONU, juntamente com outros aliados do setor.

A história foi contada recentemente pelo MIT Technology Review, onde a realidade de dezenas de milhares de refugiados que se estabeleceram em Azraq, uma cidade na Jordânia perto da fronteira com a Síria, está exposta.

Os refugiados agora fazem parte de um projeto que envolve um fork privado do blockchain Ethereum, através da qual eles têm acesso à assistência fornecida pelo PMA na forma de transferências diárias para pequenas lojas de alimentos, mantendo seus dados seguros.

O post do MIT Tech mostra como Bassam, um refugiado sírio, visita mercados locais na Jordânia e paga pelos produtos, basicamente, fornecendo uma selfie em uma câmera ao sair do estabelecimento. Este processo é conhecido como EyePay, tecnologia da empresa IrisGuard, onde a imagem do olho é suficiente para identificá-lo.

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Quase 80 mil pessoas moram no campo. Créditos da foto: thekirbster sob licença Creative Commons no Flickr.

Benefícios sociais e econômicos

Os benefícios são sociais e econômicos, e o impacto de cada um deles pode mudar a vida das gerações futuras. Do ponto de vista humanitário, essas pessoas que deixaram tudo para trás em suas nações destruídas pela guerra estão tendo a oportunidade de reconstruir suas vidas.

A crise deixou os refugiados à deriva. Quando se trata de contratar mão-de-obra ou investir, onde os padrões de verificação do cliente e da identidade tornam o progresso no processo quase impossível. Com isso, o programa baseado em registros públicos no blockchain dá uma identidade digital a pessoas que não possuem um meio formal de identificação, como comprovante de residência ou qualquer outro documento.

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Refugiados da Síria recomeçam na Jordânia. Créditos da foto: DFID - UK Department for International Development sob licença Creative Commons no Flickr.

Houman Haddad, o arquiteto por trás do programa, espera ver refugiados sírios serem capazes de realizar transações de um portfólio digital, composto por seu histórico de compras, identificação e acesso a contas financeiras, através de um sistema baseado no sistema blockchain, como afirmado no MIT Tech.

O Building Blocks começou como uma questão humanitária e aderiu ao programa. Por exemplo, o PMA geralmente entregaria alimentos para as pessoas, como os refugiados sírios. Em vez disso, eles estão capacitando esses indivíduos, dando-lhes dinheiro. O programa baseado em blockchain contorna as dificuldades ligadas às transferências bancárias e às taxas que a acompanham, reduzindo esse gasto em 98%. Isso deixa os refugiados com mais dinheiro, então eles podem usá-lo para reconstruir suas vidas.

Fontes: CNN, MIT Technology Review, Webitcoin

Equipe Estou Refugiado - http://www.estourefugiado.com.br
O preconceito acaba quando a compreensão começa.
Leonardo Cordova (@ruesierpes, jornalista venezuelano e refugiado no Brasil), Fernando Guimarães (@fernandoguimarae) e Wagner Tamanaha (@wagnertamanaha)
Brasil, 2 de maio de 2018

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