2 anos atrás eu estreava uma trilogia sobre a Divina Comédia de Dante Alighieri.
Eram 3 dias, sexta o Inferno, sábado o Purgatório e domingo o Paraíso.
Foram 8 meses de ensaio e muita criação coletiva. Começamos do 0, apenas com o livro na mão.
Antes da primeira peça começar o público passava por uma instalação onde via fotos e recortes de todo o processo e tudo que foi trabalho, então caminhávamos com público, um a um, vendados até o palco contando um pouco sobre a história do livro.
Enfim eles chegavam a platéia e o espetáculo começava.
No purgatório, explorávamos os 7 pecados capitais. Cada pecado sendo apresentado através de uma performance, que aconteciam em salas separadas dentro do teatro. O público era convidado a andar pelas salas e assistir, o que acabava acontecendo de entre eles conversarem e tentarem identificar qual pecado cada performance representava.
Por fim a cena terminava no palco, com Dante sendo purificado para entrar no Paraíso.
No último dia, no domingo, encenávamos um diálogo de Dante com Beatriz, onde ela explicava que no Paraíso ele teria que desprender das coisas materiais. E o diretor nos instigou a levar um objeto de valor sentimental ao qual abriríamos mão dele ao fim do espetáculo (opcional, de ator para ator).
Cada um contava a história de seu objeto e por fim, adentrávamos ao paraíso de Dante.
Espero com esse curto relato sobre a peça, que eu tenha passado um pouco do que a platéia pode sentir assistindo. Se gostarem deixem um comentário, upvote e me sigam para acompanhar as próximas postagens sobre política, bitcoin ou teatro.
Abraços.