Caio e um advogado tributarista bem sucedido. Já Mário esta prestes a ingressas em seu terceiro curso superior, sendo que não concluiu os dois anteriores.
Ambos tem aproximadamente 35 anos, frequentaram o mesmo colégio particular e suas famílias ostentam semelhante condição social.
Entretanto, Caio sempre foi bom aluno, enquanto Mário somente terminava o ano letivo após as provas finais.
Algumas semelhanças, outras diferenças, mas um ponto em comum os acompanha desde a adolescência - o consumo de drogas.
Cabe ressaltar que a quantidade consumida por cada um não difere substancialmente, sobretudo porque os dois mantém a regularidade no consumo desde os tempos de escola.
Todavia, os gostos divergem, Caio e adepto da maconha e Mário do álcool.
Os personagens são verídicos (fora os nomes), demonstrando que o alcoolismo pode ser tão ou mais destrutivo do que o vicio em maconha.
Porem, nada obstante sejam motivos de pesquisa no mundo todo, os especialistas divergem acerca de qual e o mais maléfico ao ser humano.
Em que pese o termo "droga leve" ser deveras subjetivo e impreciso, frente a outras drogas como crack e heroína, o álcool e a maconha são mais toleras pela sociedade.
Outrossim, o álcool e licito e a maconha não. Logo, Caio e um criminoso, na acepção da palavra, e Mário e um doente, segundo o entendimento medico.
Conheço pessoalmente os dois e, questões e discursos morais a parte, não os considero ou os vejo como bandidos ou mesmo doentes.
A questão, alem de polêmica, é tormentosa. Portanto, o debate deve ser amplo e acerca de todos os aspectos envolvidos, quais sejam, de saúde publica, criminal, repercussão social etc, envolvendo a sociedade como um todo.
Manter a proibição, legalizar ou descriminalizar...essa pergunta pode ser respondida através de plebiscito ou referendo.
Assim, Caio, Mário, eu e você, decidiremos aquilo que e melhor para todos, ampliando a participação democrática na formulação das leis.